28 de mar. de 2010

Milícia armada da Fibria mata morador local na Bahia


Através desta nota, queremos demonstrar nossa imensa revolta com a morte de Henrique de Souza Pereira, 24 anos, ocorrida no último dia 16 de março, quando uma equipe da GARRA, empresa privada de ‘segurança’ da Fibria (ex-Aracruz Celulose e sócia da Stora Enso na Veracel Celulose), atirou nele, alegando que estava furtando madeira e ‘agindo com agressividade’ quando foi solicitado a deixar uma área de eucalipto, segundo uma nota da própria empresa Fibria. Mas segundo declaração feita durante entrevista a um jornal local ao pai de Henrique, Osvaldo Pereira Bezerra, que estava junto com o filho no momento da ação, numa motocicleta indo para casa. Durante a ação, os milicianos quebraram o braço do pai de Henrique.

Depois de terem atirado em Henrique, os milicianos teriam deixado o local e voltado apenas depois de 40 minutos na companhia de uma ambulância. Henrique não resistiu aos ferimentos.
Queremos expressar aqui nossa solidariedade com a família de Henrique e com a sua comunidade.

Vale lembrar que Henrique de Souza Pereira é um dos inúmeros moradores vizinhos das extensas áreas de eucalipto que buscam sobreviver, encurralados em pequenas propriedades. O fato lembra também um outro assassinato ocorrido em 2007 quando Antônio Joaquim dos Santos, geraizeiro, foi morto pela milícia privada da V&M Florestal quando estava tirando lenha de uma área de eucalipto da V&M Florestal para seu forno. Curiosamente, tanto a V&M Florestal, quanto a Fibria, tem o selo verde internacional FSC que diz ao consumidor que a produção da empresa vem de um “manejo florestal socialmente justo”.

O que chama a nossa atenção e causa a nossa indignação é que mais uma vez um morador local tem que morrer enquanto as autoridades, com dinheiro público do BNDES, continuam incentivando a expansão da monocultura de eucalipto no país através do repasse descarado da verba pública a mega-empresas transnacionais como a Fibria e Stora Enso. Ao mesmo tempo, as mesmas autoridades emperram a reforma agrária e a demarcação de terras quilombolas, indígenas, camponesas e geraizeiras. Agindo assim, as autoridades estão sendo coniventes com a ‘fome’ insaciável dessas empresas por mais terras e lucros. Só a Fibria ocupa uma área no país superior a 1 milhão de hectares!

Na sua nota à imprensa sobre a morte de Henrique, em nenhum momento a Fibria analisa por que famílias, para sobreviver, acabam retirando lenha e madeira das suas terras. Ao contrário, para nosso espanto, a empresa afirma: “Ao mesmo tempo a Fibria gostaria de externar as autoridades estaduais sua preocupação com a escalada de ocorrências de furto de madeira no sul da Bahia, que gera risco de conflitos com perda de vidas como o ocorrido, e que afeta não apenas suas operações, como as de outras empresas florestais instaladas na região. É urgente a adoção de medidas que coíbam essas práticas ilegais, de forma a estabelecer condições de segurança para a população e assegurar um ambiente que possibilite as operações das empresas e o desenvolvimento social e econômico da região”.


Diante do ocorrido, pergunta-se: que desenvolvimento social e econômico é esse, que ceifa a vida de moradores locais?? Que ignora direitos das comunidades e destrói a esperança do povo? É inaceitável que uma empresa com essas práticas consiga ter supostos selos de ‘sustentabilidade’ como o FSC e Cerflor, além dos inúmeros outros prêmios que apresenta.

Lembramos que neste momento no Extremo Sul da Bahia e no norte do Espírito Santo, dezenas de moradores locais, trabalhadores rurais sem terra e principalmente quilombolas, estão sendo criminalizados e processados, supostamente por estarem ‘furtando’ madeira da empresa em terras que sempre foram de uso comum dessas comunidades e das quais sempre tiraram seu sustento. No dia 11 de novembro de 2009, o governo estadual do Espírito Santo realizou na comunidade quilombola de São Domingos uma mega-operação policial, prendendo 39 quilombolas com 130 policiais armados com fuzis e metralhadores, com cães e cavalos.

Mas as autoridades são incapazes de garantir a reforma agrária e a demarcação efetiva e sem demoras dos territórios quilombolas, geraizeiros, indígenas e camponeses.

Somente devolvendo as terras para seus legítimos donos e para quem precisa trabalhar nela, é possível acabar com conflitos como este.

Por último, exigimos uma apuração rigorosa e punição dos culpados dos fatos e que não só a GARRA, mas também a Fibria seja responsabilizada pelo lamentável morte de Henrique de Souza Pereira.
Fórum Sócio-Ambiental do Extremo Sul da Bahia e Rede Alerta contra o Deserto Verde
23 de março de 2010

27 de mar. de 2010

Água poluída mata mais que violência

O relatório recomenda sistemas de reciclagem de água e projetos multimilionários para o tratamento de esgoto.
Os seres que se dizem racionais neste planta estão poluindo cada vez mais os rios e oceanos com o despejo de milhões de toneladas de resíduos sólidos por dia, envenenando a vida aquatica e espalhando doenças que matam milhões de crianças todo ano.

“A quantidade de água suja significa que mais pessoas morrem hoje por causa da água poluída e contaminada do que por todas as formas de violência, inclusive as guerras”, disse o Programa do Meio Ambiente das Nações Unidas (Unep, na sigla em inglês).

Em um relatório intitulado “Água Doente”, lançado para o Dia Mundia da Água, o Unep afirmou que dois milhões de toneladas de resíduos, que contaminam cerca de dois bilhões de toneladas de água diariamente, causaram gigantescas “zonas mortas”, sufocando recifes de corais e peixes. O resíduo é composto principalmente de esgoto, poluição industrial e pesticidas agrícolas e resíduos animais. Segundo o relatório, a falta de água limpa mata 1,8 milhão de crianças com menos de 5 anos de idade anualmente. Grande parte do despejo de resíduos acontece nos países em desenvolvimento, que lançam 90% da água de esgoto sem tratamento.
A diarréia, principalmente causada pela água suja, mata cerca de 2,2 milhões de pessoas ao ano, segundo o relatório, e “mais de metade dos leitos de hospital no mundo é ocupada por pessoas com doenças ligadas à água contaminada.”

O relatório recomenda sistemas de reciclagem de água e projetos multimilionários para o tratamento de esgoto. Também sugere a proteção de áreas de terras úmidas, que agem como processadores naturais do esgoto, e o uso de dejetos animais como fertilizantes.

Se o mundo pretende sobreviver em um planeta de seis bilhões de pessoas, caminhando para mais de nove bilhões até 2050, precisamos nos tornar mais inteligentes sobre a administração da água.

A Amazônia é nossa !

ESSA CALOU OS AMERICANOS!!!



SHOW DO MINISTRO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO NOS ESTADOS UNIDOS






Essa merece ser lida, afinal não é todo dia que um brasileiro dá um esculacho educadíssimo nos americanos!

Durante debate em uma universidade, nos Estados Unidos, o ex-governador do DF, ex-ministro da educação e atual senador CRISTÓVAM BUARQUE, foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia.

O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um brasileiro.

Esta foi a resposta do Sr.Cristóvam Buarque:

De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazõnia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.

Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia , posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para humanidade.


Se a Amazõnia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizaremos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não seu preço."

Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país.

Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.

Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O louvre não deve pertencer apenas à França.

Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural Amazônico, seja manipulado e instruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele, um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.

Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum de Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade com sua beleza específica, sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.

Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizmos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maiores do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.

Defendo a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola.

Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro.

Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a AMAZÔNIA seja nossa. SÓ NOSSA!



26 de mar. de 2010

G.E.E. ganha padronização internacional para cálculo de emissões.


As emissões de gases de efeito estufa(G.E.E.) ganharam nesta terça-feira(23) um método comum para calcular a quantidade de gás carbônico lançada no ar. O Padrão Internacional para determinar as Emissões de Gases de Efeito Estufa vai calcular as emissões de cada cidade.
O lançamento da padronização aconteceu durante o 5º Fórum Urbano Mundial, realizado no Rio de Janeiro, e resulta de um trabalho conjunto entre a Organização das Nações Unidas (ONU) e o Banco Mundial.
A intenção do novo método é a de proporcionar a comparação entre as cidades. Um dos problemas para medir a poluição era justamente a falta de uma padronização.

“É uma linguagem comum, que serve para todas as cidades, que poderão comparar suas próprias emissões a cada ano”, explicou o técnico do Banco Mundial, Daniel Hoornweg, que liderou o estudo.

Segundo Hoornweg, o novo método demonstrou que as cidades brasileiras emitem muito pouco, em relação ao resto do mundo. “Isso se deve à matriz hidrelétrica, ao etanol e também porque o sistema de transporte nas cidades brasileiras é bem melhor do que em outras partes”, disse ele.
E nós acreditamos?

Com o novo método é possível saber, por exemplo, que os moradores da cidade do Rio emitem mais gás carbônico do que os paulistanos. Segundo os dados, cada carioca emite 2,1 toneladas de gás carbônico por ano, bem mais que os paulistanos, que emitem 1,4 tonelada do gás no mesmo período.

De acordo com o Banco Mundial, entre os motivos que colocam o Rio à frente de São Paulo na poluição está a maior quantidade de habitantes em São Paulo, o que “dilui” a poluição entre mais gente, já que o índice é per capita. Outro fator que favorece São Paulo em relação ao Rio é a maior malha do metrô, que transporta seis vezes mais passageiros do que sistema carioca.
E assim finaliza esta materia feita pela AgênciaBrasil a pergunta final é? Onde estão as resoluções as praticas depois das "mediçoes"....
Novamente as falhas humanas só resultam no desperdicio do capital e no emburrencimento da nossa população achando que agora está tudo a mil maravilhas já que vai poder ser medido!
Fica o questionamento!